Até a idade da pedra polida, o humanidade só comia alimentos frescos, caçava ou coletava seu sustento, somente para satisfazer sua fome imediata. Eles viviam mudando de lugar e não armazenavam alimentos, se mudavam em busca de locais onde a caça e a coleta fossem mais abundantes.
A população humana então se fixou, começou a plantar e a criar animais. Essa mudança na forma de obter o sustento alterou os hábitos alimentares da população, que passou guardar alimentos para períodos de escassez.
Surge então a necessidade de buscar soluções para a conservação de alimentos. Algumas culturas antigas descobriram que os alimentos mantinham-se conservados de forma melhor em lugares frios que em lugares quentes.
O gelo há muito tempo vem sendo usado para preservar alimentos. Escavações arqueológicas realizadas no vale do rio Indo – região que atualmente constitui o Paquistão e a Índia – mostraram que antigas culturas já conheciam um processo de fabricação de gelo. Estas escavações revelaram diversas “fábricas de gelo”: milhares de fôrmas com tampas, feitas de material poroso.
Nestas “fábricas”, o gelo era obtido do seguinte modo: inicialmente, enchiam-se fôrmas com água que eram, posteriormente, tampadas. A seguir, as fôrmas eram molhadas com água e então abanadas por uma legião de escravos, provocando assim a evaporação da água derramada por cima das fôrmas. Essa evaporação causava o resfriamento da água do interior das fôrmas até o seu congelamento.
Na Roma antiga, empregava-se gelo para resfriar alimentos e bebidas. Ele era coletado durante o inverno em lagos dos Alpes, embalado em palha e transportado para a capital do Império Romano.
O gelo natural foi utilizado para conservar alimentos até 1930: blocos de gelo eram cortados dos lagos e do mar e cobertos com serragem, a fim de serem conservados para utilização durante o verão. Sabe-se que o gelo é o estado sólido da água, seu aspecto é vítreo, semitransparente e sua densidade é inferior à da água ficando em 0,92 g/cm³. O estado de fusão do gelo é de 0º C a uma atmosfera de pressão. A mesma massa de água em estado líquido ou em estado sólido têm volumes diferentes, pois ao passar de um estado para outro o volume aumenta cerca de 9%; ao contrário de todos os outros sólidos, o gelo, no seu ponto de fusão, apresenta-se mais dilatado do que a sua forma líquida até atingir os 4º C.
O gelo pode ser empregado em fins terapêuticos, na conservação de alimentos e também como ingrediente para realçar o paladar a bebidas, além de outros diversos usos o seu ponto de formação é usado como valor de referencia em termodinâmica.
Fonte: SEBRAE