Algumas dicas devem ser levadas em consideração para o sucesso da operação e inserção no mercado dos produtos da fábrica de alimentos congelados:
– Não negligenciar na qualidade dos produtos utilizados como matéria- prima;
– Dispor de serviços que ofereçam comodidade aos clientes – canais de pedidos e serviços de entrega;
– Ouvir os clientes através de pesquisa e adequar serviços e produtos às expectativas;
– Implantar um bom sistema de gerenciamento da empresa com planejamento e acompanhamento do desempenho, visando a sustentabilidade e boa performance do negócio.
O segredo deste tipo de negócio está no acompanhamento constante do empresário junto ao processo produtivo. A administração rigorosa da cozinha, em busca de qualidade e economia, garante o padrão de desempenho desejável. Alguns temperos como pimenta doce, canela, gergelim e gengibre proporcionam sabores diferenciados à comida e agregam valor ao serviço, sem elevar os custos.
Para elevar a produção dos pratos, o empreendedor precisa desenvolver parcerias com canais de distribuição do varejo como supermercados e lojas de conveniência. Também deve ficar atento às exigências legais referentes à rotulagem, prazo de validade, embalagem, condições de armazenamento e transporte, manipulação de produtos e demais quesitos estabelecidos pelos órgãos responsáveis. Uma boa opção para quem está abrindo o negócio é alugar os equipamentos de cozinha, ao invés de adquirir diretamente. O aluguel reduz em até dez vezes o investimento inicial e permite ao empreendedor testar a receptividade do mercado consumidor. Outra dica é adaptar o cardápio aos costumes regionais. Por exemplo, para cidades litorâneas, convêm reforçar as opções de pratos com frutos do mar. Já para cidades do interior, pode-se utilizar mais carnes e frangos.
Estas adaptações, além de agradar mais aos clientes, ajudam na redução de custos e estimulam a economia regional.?
Seguem ainda dicas acerca do processo de congelamento dos alimentos:
– Não congelar receitas à base de maisena, gelatina pura, maionese, claras cozidas ou em neve, gema crua, ovo cozido, vegetais crus, creme de chantilly, iogurte, folhas de verduras e frutas, banana e pêra d’água.
– Depois de prontos, os salgadinhos devem ser colocados em um recipiente que possa ser mergulhado em água gelada, para que resfriem. Coloque em uma bandeja aberta, cubra com papel-filme e leve ao congelador. Após congelar, transfira os salgadinhos para sacos plásticos bem fechados e volte ao congelador. Assim, eles não ficarão grudados.
– Existe uma técnica especial para congelar legumes chamada branqueamento. Consiste em lavar bem os legumes e cortar os talos, mergulhar os vegetais em água fervente por alguns segundos e colocá-los em água gelada em seguida (para evitar que cozinhem com o calor), levar os legumes ao congelador em sacos plásticos e tirar todo o ar da embalagem (ou então eles ficarão com textura áspera e sem sabor). O vegetal branqueado não está pronto para ser servido depois de descongelado, ele deve ser cozido.
– Quanto mais rápido o alimento for congelado e quanto mais devagar ele for descongelado, melhor será o resultado final.
– Deve-se retirar o ar de dentro das embalagens que serão congeladas.
– O tempo que um alimento pode permanecer no congelador está intimamente ligado à capacidade de conservação de seus ingredientes e componentes químicos. As receitas preparadas com leite, por exemplo, têm o prazo de validade menor do que àquelas feitas com água. Sabendo disso, deve-se planejar cuidadosamente o cardápio.
– Outro fator que influi na conservação do alimento no congelador é a temperatura. Mantenha seu congelador com a temperatura próxima dos -18 C e evite abrir e fechar a porta do congelador a todo o momento.
– As embalagens são importantes para manter os alimentos congelados com sabor e propriedades nutritivas intactas. Elas devem ser bem fechadas para evitar que as bactérias se proliferem em meio aos alimentos.
Relacionadas à sustentabilidade, algumas dicas podem ser sugeridas:
– Participação em feiras e congressos que exploram o tema sustentabilidade para o setor de alimentos e indústria em geral;
– Pesquisa de cases de sucesso de organizações do ramo que implantaram ações de responsabilidade socioambiental;
– Busca de fornecedores necessários à formação de uma cadeia de suprimentos sustentável junto a certificadoras que atuam no país.
Fonte: SEBRAE