Equipamentos do tipo Plug-in ou Monobloco frigorífico

O Plug-in ou Monobloco frigorífico consiste na extensão do conceito de ar condicionado de janela para aplicação em câmaras frigoríficas. Os componentes agrupados em um único chassis, são montados e testados de fábrica, é de fácil instalação pois basta encaixa-lo na abertura da parede da câmara e conectar a alimentação elétrica.

Vantagens

Equipamentos autônomos de fácil instalação, diminuem o consumo de energia e custos com manutenção, Permitem ainda, a alternativa de dois ou mais equipamentos em cada câmara, garantindo maior eficiência e segurança. Saem da fábrica testados e funcionando dispensando projeto e interligação entre o condensador e o evaporador com tubulações, soldas e carga de fluido refrigerante
no local, o que faz com que o risco de vazamentos seja praticamente nulo. Adaptável a qualquer tipo de instalação frigorífica e as mais variadas aplicações, pequeno, médio ou grande porte.

Desvantagens

A constituição em monobloco torna a manutenção e alteração do equipamento mais complexa. Além disso, é principalmente utilizado em câmaras de pequeno e médio porte devido a disposição limitada de modelos e capacidades. Muitos equipamentos não possibilitam a adição de acessórios especiais que adicionam capacidades especiais.

A seleção destes equipamentos é simplificada, em geral deve ser levada em consideração a temperatura de evaporação e/ou temperatura interna, de acordo com o fabricante, e a carga térmica. Para equipamentos de pequeno porte, é preciso ainda verificar o volume máximo de refrigeração que o equipamento permite.

Vamos analisar o manual para seleção de um equipamento da Heatcraft da linha Euromon. Para isso propomos uma câmara para conservação de carnes congeladas, com temperatura interna de -18ºC e capacidade térmica de 1200 kcal/h, as dimensões da câmara são reduzidas, (2x2x2,5)m.

O primeiro passo na seleção do equipamento é a verificação da nomenclatura que o equipamento utiliza, para isso localizamos no manual a tabela relacionada:

Vemos na ilustração da tabela, que todos os aspectos do produto já estarão relacionados no modelo, portanto se o modelo for totalmente definido, não há necessidade de maiores explicações junto ao pedido.

Após compreender como deve ser realizada a nomenclatura do produto, devemos procurar uma tabela que relacione a capacidade térmica do produto com os modelos disponíveis, abaixo vemos a tabela de seleção do produto.

Conforme observamos, existem duas tabelas de seleção de equipamentos neste fabricante, uma para baixas temperaturas (temperaturas internas inferiores a 2ºC e limitadas a -18ºC) e outra para altas temperaturas (com limitação em 2ºC). No nosso caso temos temperatura interna de -18ºC (este fabricante não utiliza a temperatura de evaporação para seleção, mas outros fabricantes podem utilizar este dado), esta é a temperatura mínima alcançada pelos equipamentos de baixa temperatura, portanto podemos utilizar estes. A capacidade de 1200 kcal/h nos obriga a selecionar o equipamento BPN020L6*, comparando este modelo a tabela de nomenclatura vemos que:

B – Modelo Bohn;
P – Unidade do tipo compressor hermético;
N – Aplicação interna ( não deve ser exposto a ambiente externo com
incidência de chuvas e sol);
020 – Potência equivalente de 2HP;
L – Faixa de temperatura Baixa;
6 – Fluido refrigerante R-404A;

* – Tensão de trabalho a ser definida, no nosso caso trabalhamos apenas com 220V 1F 60Hz, ou 380V 3F 60Hz, portanto poderíamos utilizar B ou D para nossa aplicação.

É pedida novamente atenção para o fato de que com isso, o modelo estaria completamente definido, sendo especificada a capacidade e a ligação elétrica do equipamento, outros fabricantes podem adicionar mais letras para definição de acessórios.

Por último, devemos verificar se o volume máximo da câmara é atendido, no nosso caso temos (2x2x2,5)m logo, temos volume de trabalho de 10m³, muito abaixo dos 20m³ de limite, portanto o equipamento é adequado.

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